CARTA de MORRINHOS:em defesa do SÃO FRANCISCO

Carta de Morrinhos

Palestrantes debatem a necessidade de ações emergências, apresentam cobranças e traçam metas


Entre os momentos mais esperadas do Congresso Internacional Vidas Áridas, a noite de sexta-feira foi de intenso debate, articulação e cobrança. Os palestrantes mostraram aos participantes do congresso a Carta de Morrinhos, intenções para a meta 2020 em defesa do São Francisco.

Nas vozes do doutor em educação e ambientalista Apolo Heringer Lisboa (UFMG), do membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Antônio Jackson Borges Lima, do ambientalista Sóter Magno - criador da ONG Ovive - e do jornalista Délio Pinheiro, um dos criadores do projeto Vida Áridas, foram expostas as necessidades de intervenção urgência em prol da Bacia do rio São Francisco.

Primeiro a palestrar na noite, Apolo Heringer fez uma ampla explanação dos atuais percalços que envolvem a gestão hídrica e a importância de ações urgentes, populares e políticas. "O uso da água é reflexo das nossas ações. É preciso melhor preparação e educação das pessoas. É errado transpor um rio [referindo-se ao projeto envolvendo o Rio São Francisco] para irrigação, usar água para mineroduto, trazer culturas agrícolas que não se adequam ao semiárido. É preciso pensar no progresso sem destruir o meio ambiente", destacou.

Debate e ações
Apolo fez parte do grupo que idealizou a Carta de Morrinhos, meta 2020, durante encontro com membros da Expedição Vidas Áridas à cidade de Matias Cardoso, neste ano. "Vamos levar esta carta de orientações para todos. São ações políticas e ambientais urgentes. Sempre ouvimos que o São Francisco está morrendo, mas nada de ações. A grande doença do São Francisco é o seu abandono político. Não podemos ser omissos," afirmou Antônio Jackson.

A proposta, e toda a discussão, da Carta de Morrinhos está elencada em cinco pontos principais: Volume de água duplicado na bacia hidrográfica, vencer a desidratação provocada na bacia; Lagoas marginais preservadas; Qualidade da água na bacia; Mobilização, comunicação e organização na bacia do São Francisco; e Ações operacionais técnicas e científicas.

Presente no evento, a promotora do meio ambiente Aluísia Beraldo, analisou a iniciativa do congresso como mais um passo em busca de mudanças, de mentalidade e ações em prol do meio ambiente. "Precisamos de uma sociedade engajada, consciente. Unir forças e criar ações efetivas vão contribuir diretamente para salvarmos nossos bens naturais. O que sair daqui, deve ser levado para cada comunidade. Cada um fazendo sua parte, contribuirá", afirmou.

Fechando a noite de debates, o ambientalista Sóter Magno agradeceu a todos que contribuíram nos dias de debate até o momento e reafirmou a importância de mobilizar. "Agradeceu quem veio aqui e ficou até o fim das palestras. Vocês farão à diferença", finalizou.

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RICARDO GUIMARÃES - JORNALISTA  
Assessoria de Comunicação Congresso Vidas Áridas
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WESLEY GONÇALVES - JORNALISTA
Assessoria de Comunicação Congresso Vidas Áridas
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